Recentemente tive uma desagradável experiência em tramitar alguns documentos pessoais; coletei todos os papéis necessários, e olhe que eram muitos, sistematicamente separei-os em uma pasta, aquelas bonitas, plastificada e no dia agendado compareci ao departamento escolhido.
O funcionário prontamente separou os pedacinhos de papel (os documentos bem que poderiam ser um pouco maiores) e ao final da longa conferência explicou que estava faltando um “carimbo” em um dos documentos; resultado, novo agendamento, gastar mais um pouquinho de dinheiro, isso sem falar na “perda de tempo” para resolver esse caso…
Bom, não mudei o tema das minhas postagens para um site de reclamação ou fofocas; faço aqui um paralelo com o mundo dos projetos, do qual muitas vezes nos perdemos em uma infinidade burocrática em que qualquer gerente de projetos ficaria calvo em menos de uma década!
Gosto muito dos métodos ágeis de gestão para projetos, não pela velocidade (o que por si só já seria um ótimo diferencial), mas pelo pleno entendimento do que é realmente necessário (falando de documentação) ao tamanho de cada projeto. Talvez seja esse um dos motivos que está trazendo cada vez mais gestores de projetos para os métodos ágeis; o próprio PMI criou uma certificação chamada PMI-ACP® (PMI Agile Certified Practitioner), vale muito a pena dar uma olhada e quem sabe certificar-se (eu mesmo estou tentado a fazê-lo, mas antes vou concluir as certificações que me credenciam a ser ITIL Expert).
Sei muito bem que nós (os gerentes de projetos, TI, etc.) adoramos um certo trâmite de documentos, uns carimbos nos papéis e um pouco de workflow, mas sejamos razoáveis, essa “flexibilidade” é necessária…