Qual analista de processos já não se deparou com a célebre frase: “eu sei fazer, mas não sei explicar”…
Isso é bem mais comum do que se imagina. As pessoas executam suas ações de forma repetitiva e muitas vezes o fazem no modo “automático”, deixam de pensar em possíveis chances de otimizar o próprio trabalho; é aí que entra um profissional, em minha visão, ainda pouco reconhecido no mercado de trabalho brasileiro: o analista de processos de negócios.
Esse profissional precisa agrupar uma série de competências técnicas e comportamentais que o auxiliem na “extração” da informação de pessoas como as que citei acima.
Para realizar um bom levantamento de processos de negócio, é preciso questionar as pessoas de uma forma consistente. Suas perguntas devem ter uma característica de “ondas sucessivas”, onde as questões iniciais definem o macro escopo do processo. Na sequência, o analista de processos precisa delimitar o mapeamento inicial e começar o árduo trabalho de esmiuçar os macro processos já levantados. É nesse momento que o valor desse tipo de profissional se faz presente. Em cada nível de detalhe, em cada “SIM” ou “NÃO” apontado no levantamento.
A terceira “onda” é a mais trabalhosa, pois envolve uma análise e conhecimento profundo do analista e da própria pessoa envolvida (dona do processo). É o apontamento da melhoria nos processos mapeados. Algumas ferramentas auxiliam nesse trabalho (www.bizagi.com), mas o feeling do analista de processos de negócios é fundamental para o sucesso dessa atividade.
Ainda creio que o mercado nacional irá ceder mais crédito à esse tipo de profissional. Espero que seja em breve!
Informações em (www.abpmp-br.org)